Estrutura ritual genérica
3 participantes
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Estrutura ritual genérica
Isto é algo que elaborei hoje e que tem base em práticas rituais Indo-Europeias, nomeadamente Helénicas, Romanas, Védicas e Nórdicas. Planeio pôr isto no Celtocrābion daqui a algum tempo.
1- Preparação
a) Todos os participantes terão de estar lavados e vestidos com roupas limpas anteriormente à entrada no *nemeto-. Os sacerdotes deverão vestir uma túnica branca.
b) Todos se encontrarão no exterior do recinto do santuário trazendo consigo todos os materiais necessários e oferendas.
c) Uma vez que todos estejam reunidos, os sacerdotes lideram uma procissão até ao interior do recinto.
2- Circumambulação
a) Os participantes, liderados pelos sacerdotes, darão três voltas - em sentido horário - ao interior do recinto, enquanto que instrumentos musicais são tocados (preferencialmente de sopro e tambores).
b) Após a terceira volta, todos se dirigem até à zona do templo (*φarawsyo-).
3- Acender o fogo e consagrar a água
a) Uma vez que todos estejam na zona do templo, um *wāti- ou mais, acende o *aydu- enquanto entoa um hino à Deusa apropriada.
b) Após este se acender, deverão ser oferecidas três coisas: sal, uma bebida alcoólica e pão.
c) O sacerdote pega no recipiente com água e apresenta-o ao fogo, enquanto diz uma prece a pedir que as águas sejam abençoadas. Após a prece, o sacerdote pega num ramo (de carvalho, idealmente) e acende-o no fogo, mergulhando-o no recipiente.
4 - Pruficação dos participantes
a) Um a um, ou em pequenos grupos, todos os participantes se aproximam do fogo, estendendo as mãos a este, e pedem a sua própria purificação.
b) Algo semelhante será feito em relação ao recipiente de água; cada participante deverá lavar as mãos, face e testa.
c) O ramo deverá ser atirado para as chamas, enquanto que a água deverá se deixada fora do recinto e vertida no solo.
5- Hinos de hospitalidade
a) Os *bardoy cantarão hinos de boas-vindas e louvor aos Deuses de modo a convidá-los a comparecerem aos ritos em sua honra.
6- Tradições do festival
a) Nesta fase, serão praticadas todas as tradições rituais associadas ao festival em questão.
7- Sacrifício
a) São deixados os sacrifícios principais.
b) Parte dos fluídos que resultarem dos sacrifícios deverão ser recolhidos num recipiente, que será usado - juntamente com outro ramo (novamente, idealmente de carvalho) - para aspergir os ídolos (*delwās).
c) As oferendas comestíveis deverão ser repartidas com os Deuses, deixando-se-lhes as extremidades (na Antiguidade eram as cabeças e membros de animais).
d) É nesta altura que os participantes poderão deixar as suas próprias oferendas e preces, sob supervisão dos *dru-weydes e *wātīs.
8- Presságios
a) Após sacrificar, o *wāti- deverá inquirir aos Deuses se a oferta foi aceite, da forma mais apropriada ao rito e altura do dia em questão.
b) Os resultados da consulta serão declarados a todos, preferencialmente soba forma de poema profético (*wātu-).
c) Caso uma ou mais oferendas não tiverem sido aceites, há que repetir o processo.
9- Banquete
a) Nesta fase, o rito em si terminou, restando apenas cozinhar - no *aydu ou não - as oferendas comestíveis, se necessário; caso seja preciso cozinhar, uma parte será ofertada à Deusa do fogo.
b) A comida é repartida por todos os participantes.
c) Os restos resultantes devem ser deixados no local apropriado; caso sejam biodegradáveis, devem ser deixados numa cova menor e não na principal usada para oferendas.
d) Sob orientação dos sacerdotes, os participantes despedem-se dos Deuses e demais "convidados" e abandonam o recinto, que deverá ser fechado ao público.
O que acham? Pessoalmente, estou bastante feliz com isto que engendrei, apesar de apenas poder praticar uma versão solitária.
1- Preparação
a) Todos os participantes terão de estar lavados e vestidos com roupas limpas anteriormente à entrada no *nemeto-. Os sacerdotes deverão vestir uma túnica branca.
b) Todos se encontrarão no exterior do recinto do santuário trazendo consigo todos os materiais necessários e oferendas.
c) Uma vez que todos estejam reunidos, os sacerdotes lideram uma procissão até ao interior do recinto.
2- Circumambulação
a) Os participantes, liderados pelos sacerdotes, darão três voltas - em sentido horário - ao interior do recinto, enquanto que instrumentos musicais são tocados (preferencialmente de sopro e tambores).
b) Após a terceira volta, todos se dirigem até à zona do templo (*φarawsyo-).
3- Acender o fogo e consagrar a água
a) Uma vez que todos estejam na zona do templo, um *wāti- ou mais, acende o *aydu- enquanto entoa um hino à Deusa apropriada.
b) Após este se acender, deverão ser oferecidas três coisas: sal, uma bebida alcoólica e pão.
c) O sacerdote pega no recipiente com água e apresenta-o ao fogo, enquanto diz uma prece a pedir que as águas sejam abençoadas. Após a prece, o sacerdote pega num ramo (de carvalho, idealmente) e acende-o no fogo, mergulhando-o no recipiente.
4 - Pruficação dos participantes
a) Um a um, ou em pequenos grupos, todos os participantes se aproximam do fogo, estendendo as mãos a este, e pedem a sua própria purificação.
b) Algo semelhante será feito em relação ao recipiente de água; cada participante deverá lavar as mãos, face e testa.
c) O ramo deverá ser atirado para as chamas, enquanto que a água deverá se deixada fora do recinto e vertida no solo.
5- Hinos de hospitalidade
a) Os *bardoy cantarão hinos de boas-vindas e louvor aos Deuses de modo a convidá-los a comparecerem aos ritos em sua honra.
6- Tradições do festival
a) Nesta fase, serão praticadas todas as tradições rituais associadas ao festival em questão.
7- Sacrifício
a) São deixados os sacrifícios principais.
b) Parte dos fluídos que resultarem dos sacrifícios deverão ser recolhidos num recipiente, que será usado - juntamente com outro ramo (novamente, idealmente de carvalho) - para aspergir os ídolos (*delwās).
c) As oferendas comestíveis deverão ser repartidas com os Deuses, deixando-se-lhes as extremidades (na Antiguidade eram as cabeças e membros de animais).
d) É nesta altura que os participantes poderão deixar as suas próprias oferendas e preces, sob supervisão dos *dru-weydes e *wātīs.
8- Presságios
a) Após sacrificar, o *wāti- deverá inquirir aos Deuses se a oferta foi aceite, da forma mais apropriada ao rito e altura do dia em questão.
b) Os resultados da consulta serão declarados a todos, preferencialmente soba forma de poema profético (*wātu-).
c) Caso uma ou mais oferendas não tiverem sido aceites, há que repetir o processo.
9- Banquete
a) Nesta fase, o rito em si terminou, restando apenas cozinhar - no *aydu ou não - as oferendas comestíveis, se necessário; caso seja preciso cozinhar, uma parte será ofertada à Deusa do fogo.
b) A comida é repartida por todos os participantes.
c) Os restos resultantes devem ser deixados no local apropriado; caso sejam biodegradáveis, devem ser deixados numa cova menor e não na principal usada para oferendas.
d) Sob orientação dos sacerdotes, os participantes despedem-se dos Deuses e demais "convidados" e abandonam o recinto, que deverá ser fechado ao público.
O que acham? Pessoalmente, estou bastante feliz com isto que engendrei, apesar de apenas poder praticar uma versão solitária.
Re: Estrutura ritual genérica
Agradeço Manuel!
Estava eu esperando - como para outros assuntos - para terminar meus esboços nisto para postar cá. Ainda bem que te adiantastes! Parte da liturgia que meu grupo utiliza foi revista após umas pesquisas e virei cá apresentar algo em breve. No geral, há diferenças desta proposta, mas nada demais - o grosso é bem similar. Em todo caso, valeu mesmo por adiantar algo que creio que ajudará muita gente
Há julgar pela Gália, talvez este assunto fosse um sobre o qual houvesse um interdito sobre a escrita e de fato seria bem melhor se pudéssemos conversar sobre isto ao invés de escrever/registrar; mas como não é possível, além de impossibilitar outras pessoas de contactar a informação, prossigamos, pois.
Das liturgias mais gerais, em termos IE, a proposta pelo sr. Ceisiwr Serith é interessante (e tem algo que a liga com a da ADF, cujos modelos são interessantes - veja aqui, aqui e aqui), assim como o mundo romano tem seus detalhes (e o privilégio de haverem sido registrados) e o védico aponta para outros tantos que eu mesmo preciso maturar e ver.
Depois posto (quando estiver mais "folgado" do trabalho em casa).
Estava eu esperando - como para outros assuntos - para terminar meus esboços nisto para postar cá. Ainda bem que te adiantastes! Parte da liturgia que meu grupo utiliza foi revista após umas pesquisas e virei cá apresentar algo em breve. No geral, há diferenças desta proposta, mas nada demais - o grosso é bem similar. Em todo caso, valeu mesmo por adiantar algo que creio que ajudará muita gente
Há julgar pela Gália, talvez este assunto fosse um sobre o qual houvesse um interdito sobre a escrita e de fato seria bem melhor se pudéssemos conversar sobre isto ao invés de escrever/registrar; mas como não é possível, além de impossibilitar outras pessoas de contactar a informação, prossigamos, pois.
Das liturgias mais gerais, em termos IE, a proposta pelo sr. Ceisiwr Serith é interessante (e tem algo que a liga com a da ADF, cujos modelos são interessantes - veja aqui, aqui e aqui), assim como o mundo romano tem seus detalhes (e o privilégio de haverem sido registrados) e o védico aponta para outros tantos que eu mesmo preciso maturar e ver.
Depois posto (quando estiver mais "folgado" do trabalho em casa).
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